26.9.06

Oxigênio, peloamordedeus!


Há pessoas que, diante de uma situação delicada, são atacadas por uma súbita crise de gastrite. Sabemos o quanto pode ser dolorosa essa condição...amargando do estômago à boca, não há paliativo que dê fim, senão ter o conflito resolvido. Conheço gente que, agoniada, é acometida por uma incrível enxaqueca ou, até mesmo, perde a voz. Eu não. A minha fisionomia permanece plácida, não franzo o cenho e não costumo negar gargalhadas sinceras ou palavras livres de preocupação.




Eu paro de respirar. Ou me esqueço como se faz. Se me sinto, de certa forma, incomodada com algo que foge ao meu controle, angustiada ou mesmo ansiosa, simplesmente paro de respirar. Nem percebo o processo, quando dou conta, o ar já não chega aos pulmões com facilidade, a respiração fica curta. Bate um cansaço e uma zanga enorme porque por mais que eu tente...não consigo fazer com que meu corpo me obedeça. Nesse ponto não adianta forçar a respiração, é esperar que o conflito, de alguma forma, me pareça mais digerível. Na pior crise chego ao cúmulo de imaginar o como seria bom um cano que ligasse meus pulmões a uma máquina de respirar (algo me diz que não seria nem um pouco cômodo sair por aí garregando oxigênio à tira colo).

Estou um pouco assim agora. Nada de grave, é que as encruzilhadas da vida sempre me angustiaram. É hora de decisão. Mais uma vez, hoje e sempre, é preciso decidir. Como indecisão é o meu nome do meio e diante de inúmeras possibilidades, a escolha é um tanto dolorosa. Pode parecer loucura, mas talvez meu maior desejo seja não abrir mão de nada, o que é impossível. Toda escolha é uma renúncia, não?


Um comentário:

Lu disse...

LY, encontrei o 50kg por aqui. E te descobri. Maravilha de intercâmbio na Internet. Voltarei. Sempre.

Beijos!