23.10.06

O Apático, o Todo-errado e o Obtuso

Fui ao centro da cidade comprar cadernos (numa daquelas lojas 1,99). Na frente da loja vejo uma escrivaninha sendo vendida por um daqueles caras que comercializam móveis usados na calçada (passei esses dias todos estudando na mesa da sala ou na do quarto de mami). Eu quero e preciso, desesperadamente, de uma mesinha bem bonitinha para pôr no meu quarto, que seja estilo antigo, pequena e quase de graça.

O cara murmurou o preço quando eu perguntei. Uma puta má vontade. É de madeira, ele diz e só (que incrível tática de vendas, como se eu não estivesse vendo a madeira). Cem Reais, preço interessante (mentira! Não disponho - nem de longe - de 100 pratas, no momento!). Mexo na mesa e o vendedor nem se digna a olhar para mim, como se vender a maldita fosse um favor ao cliente.

Deixo pra lá. Na minha época de vendedora, jamais me permiti a apatia.

Já com os cadernos em mãos, caminhando em direção ao ponto, eis que avisto o meu ônibus partindo sem mim, faço sinal mas ele não pára. Um camaradinha faz sinal, daí o carro pára, só que na minha vez de subir, um puto dum táxi avança cerca de dois metros e se põe bem, mas bem entre o ônibus e eu. E lá se vai o bus...
Até dei dois passos a frente, juro. Mas não me contive, o cara do táxi parou na pista que não lhe pertence, quase em frente a um ponto, numa rua hiper movimentada!
Dei dois soquinhos na janela do camarada, ele olhou para mim. "Seu imbecil!", eu disse, apontando ameaçadoramente. E prossegui.
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Semana passada soube de um caso escabroso: uma moça foi encontrada, pela manhã, no parque do Flamengo, semi-nua e muito machucada. Havia sido estuprada, esfaqueada e deixada ao Deus dará. Pior: duas testemunhas viram a mulher sendo ameaçada com um faca em sua barriga por um homem que a levou da Glória ao parque, na noite anterior.
Repito: duas pessoas viram uma mulher passar pelo terror de ser arrastada para um matagal e sequer tiveram a decência de alertar a polícia. Que não peitassem o cara, mas que chamassem a polícia...fiquei e estou passada...não querer se envolver, é uma coisa, agora, não ter um pingo de sensibilidade é o fim da picada.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Amiga!
Tive que rir com os seus soquinhos no vidro do taxista!!! Provavelmente vc deve ter sido a única pessoa a perguntar sobre o preço da escrivaninha! Talvez o cara não tava nem acreditando que vc realmente quisesse saber do valor dela. Enfim, que ele venda então pra outra pessoa!

Esse caso do aterro foi realmente um absurdo. O porteiro vê uma cena dessas e não faz absolutamente nada. É comos e fosse normal passar alguém assim. O completento da matéria é que a moça foi encontrada no dia seguinte pelo gari que comunicou à polícia e aí sim ela foi levada pro hospital!
É UM ABSURDO!!!!

Bjo e seu blog tá show!

Taty

Anônimo disse...

Oi, ir ao centro da cidade eh um exercicio de paciencia. Eu nao conhecia essa historia da moca do Flamengo, mas essas coisas me dao medo. A falta de solidariedade me da medo. bjs

Marcos Pontes disse...

A-DO-RO!!!! Adoro seu estilo!!!