Só que viver não é tão legal para muita gente, a vida pode ser fonte initerrupta de sofrimento, agonia e exaustão para muitos. Hoje percebo tudo muito claramente, não porque sofra de alguma forma terrível, mas porque a nossa existência é permeada por bons e maus momentos, ora, ninguém é feliz o tempo todo. É dessa matéria de que é feita a vida: momentos...
Penso que jamais seria anoréxica, gosto demais de comida e penso o ato de comer como algo sublime, mais do que necessidade, mas como também fonte de entrega e prazer. Quero emagrecer sim, mas porque estou realmente acima do peso. Não acho graça em pele e ossos, aquelas manequins que parecem que vão quebrar no meio de tão esqueléticas...não vejo beleza alguma na magreza extrema, mas parece que somos, cada vez mais, compelidas a buscar o extremo da coisas...
O curioso é que as mesmas revistas de moda que "rejeitam" a anorexia, que publicam matérias alertando sobre os perigos dessa doença, são as mesmas publicações que expõem, em seus editoriais de moda e capas, modelos magérrimas. Um contrasenso.
Morrer de inanição devido a distúrbios alimentares é triste, minha gente, ainda mais quando milhares de pessoas morrem todos os dias vitimadas pela fome e miséria... Ninguém quer ficar doente, certo? Mas existe uma saída, por mais difícil que seja (e tenho certeza de que o caminho de volta deve ser como um mergulho mostruoso dentro de si mesmo). São escolhas que a gente faz, mal ou bem, mesmo quando alteradas por um percepção desfocada, ainda assim é uma escolha, sair da fossa ou não.
Quando eu era adolescente, a vida me parecia mais azul do que, de fato, é...a medida que conhecemos esse mundão tão imperfeito, torna-se mais claro ver as coisas como realmente são: viver, às vezes é fantástico, às vezes é bom, às vezes é "assim assim", às vezes é uma bela duma porcaria. Momentos.
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