"E o jantar foi servido. Costeletas de porco, papa de milho pilado, uma variedade de couve e minúsculas maçãs ácidas. Estava delicioso. Tão exato, simples e honesto e, ao mesmo tempo, tão prazeiroso. Aquelas maçãs ácidas! Eram adoráveis! A noite toda foi mortificante, uma revelação, uma contestação a cada coisa que eu comprara e cada jantar que eu já servira. Meu sofá era roxo. Eu possuía uma coleção de animais de madeira mexicanos, pintados em cores vivas. Tinha pratos vermelhos e um tapete felpudo. Meus menus eram rebuscados e muito pesados. (...) Certamente que não. Estava brutalmente óbvio que toda a minha vida até aquele momento fora um equívoco", Nora Ephron.
Adoro ler comida em livros. É como se eu pudesse sentir em meus lábios e língua, o mel das costeletas de porco me descendo pela garganta. Sorver o aroma perfumado das maçãs. Adoro pessoas que usam o adjetivo 'adorável'. Adoro pensar que inda terei muitas oportunidades de oferecer jantares em minha casa. Adoro bolar mentalmente menus. E certamente concordo com Ephron: a beleza está na simplicidade. O rebuscado me parece demasiado complicado.
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