Tarefas (não cumpridas) para o feriado prolongado de sete de setembro:
* Ler a sociologia de Weber.
* Fazer trabalho de Economia brasileira.
* Ler capítulos de Makiw.
* Passar rascunhos para o caderno.
* Resumo de monografia.
Preciso aprender a não produzir apenas sob pressão...o que me faz lembrar dos dias de domingo lá de casa, quando eu ainda cursava o primário e o ginásio...
O domingo nascia perfeito. Acordava com o cheiro de café e me obrigava a levantar justamente para não tomá-lo frio. Depois do dejejum em família, meu pai ia para a varanda ler jornal, minha mãe para a cozinha preparar o almoço e meu irmão, para o raio que o partisse (nós brigávamos muito naquela época)...eu, a mais esperta, é claro, pegava o elevador para o play e brincava o dia inteirinho que Deus deu. Só subia para o almoço e depois, dependendo do filme, assistir um temperatura máxima. Nada de Faustão, pelo amor de Cristo!
* Ler a sociologia de Weber.
* Fazer trabalho de Economia brasileira.
* Ler capítulos de Makiw.
* Passar rascunhos para o caderno.
* Resumo de monografia.
Preciso aprender a não produzir apenas sob pressão...o que me faz lembrar dos dias de domingo lá de casa, quando eu ainda cursava o primário e o ginásio...
O domingo nascia perfeito. Acordava com o cheiro de café e me obrigava a levantar justamente para não tomá-lo frio. Depois do dejejum em família, meu pai ia para a varanda ler jornal, minha mãe para a cozinha preparar o almoço e meu irmão, para o raio que o partisse (nós brigávamos muito naquela época)...eu, a mais esperta, é claro, pegava o elevador para o play e brincava o dia inteirinho que Deus deu. Só subia para o almoço e depois, dependendo do filme, assistir um temperatura máxima. Nada de Faustão, pelo amor de Cristo!
De modo que eu só parava em casa mesmo de noite...aí começava o desespero. Dever de casa. Para o dia seguinte. E nunca era fácil. Pânico e correria.
Eu tinha o final de semana inteiro para fazer o dever mas sempre que o sábado começava, aquele dia foda, lindo que Deus deu, céu azulzinho, algazarra de crianças me chamando, eu pensava: amanhã eu faço...
Esse quadro se prolongou por toda a adolescência e varou a faculdade até os dias de hoje: raramente estudo antes da data limite, o que é um problema seríssimo. Por vezes até me obrigo, no entanto, acabo sempre chegando ao seguinte pensamento: a prova ou trabalho é só semana que vem, no final de semana eu repasso a matéria...
Quando vou aprender a ter vergonha na cara? Quando eu não produzo nada em um dia propício à produção, me bate um puto sentimento de culpa, daí tento me animar pensando que amanhã eu ponho as coisas em ordem, dramática como a O´Hara...

Um comentário:
Adorei seu estilo marcadamente feminino... metade Martha Medeiros, metada Córa Ronai... hehehe!!!! Não sei se isso é bom ou ruim...
Lendo seu texto lembrei de uma poesia do Mário Quintana:
"A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa./Quando se vê, já são seis horas: há tempo.../Quando se vê, já é sexta-feira.../Quando se vê, passaram sessenta anos.../Agora, é tarde demais para ser reprovado.../E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,/eu nem olhava o relógio/seguia sempre, sempre em frente.../E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas."
Beijos!!!
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