
Sarah acaba por pôr seu irmão bebê em sérios problemas e agora conta com apenas 13 horas para resgatá-lo das mãos de Jareth, o rei dos duendes. Para isso, ela precisa cruzar o fantástico labirinto e enfrentar seus percalços para chegar à cidade dos duendes. Essa produção de 1986 conta com a presença de Jennifer Connelly (a atriz ganhadora do oscar por Uma Mente Brilhante) e com David Bowie (que também assina a trilha sonora) numa caracterização impagável. Bowie já havia participado de outros tantos filmes ao longo de sua carreira como cantor, entre os quais figura Fome de Viver, um curioso drama vampiresco esquecido nas prateleiras da filmografia anos oitenta. Labirinto, a Magia do Tempo não desmerece o título de ser um notável filme de fantasia, gênero quase esquecido do público infantil - com excessão de Harry Potter, é claro - em um mercado abarrotado de engenhosos desenhos Disney e DreamWorks.
Em se tratando de efeitos especiais, no entanto, hoje os filmes de Fantasia dos anos oitenta parecem de uma extrema ingenuidade. Acabamos de conhecer o novo Super-Homem que deixa no chinelo, em realismo, o Clark Kent de Christopher Reeves. Cá pra nós, o que parecia genial à época - aquele homem voando sob um tosco efeito especial - tornou-se apenas risível. Mas devo admitir que adoro os filmes de Fantasia da década de 80 (a melhor de todas:-). A sessão da tarde ficou careca de tanto exibir: História sem fim, A lenda, Krull, Conan, Feitiço de Áquila, entre outros...
O que LABIRINTO tem de especial, afinal? Primeiro: Jim Henson, o diretor, escolheu trabalhar com um elenco de bonecos (que ele próprio criou) de maneira bastante verossímil, escalou uma estrela do rock para estrêla-lo e tratou de produzir uma mágica atmosfera de encantamento tão ao gosto das crianças. Hoje, revendo o filme, me ocorre que em algum momento ele perde a mão, o que em nada desmerece a película aos olhos dos pequenos.

Segundo: esse é um filme super-arqui-hiper especial para mim. Eu amo esse filme. Trata-se do primeiro filme que eu vi no cinema e não posso jamais esquecer o deslumbre, a beleza, a mágica acontecendo diante de meus olhos. Em 1986. Aos seis anos. Um simples divertimento podia tornar a vida tão dôce...
Toda vez que percebo um Rio de Janeiro de céu nublado e calçadas lavadas, a mente voa praquele ano de 1986. A cidade parece que fica toda branca e se cai uma garoa...puxa vida...sinto como se ainda estivesse a caminho do cinema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário