Em 21 de junho, os três jovens foram detidos pela polícia local, que alegando excesso de velocidade, enviou-os para a delegacia da região. Horas depois foram soltos. Entraram em seu carro e pegaram estrada, para então serem cercados por dois caminhões - com cerca de 19 membros da Ku Klux Kan - que os obrigaram a descer. Goodman e Schwerner foram assassinados a tiros. Chaney, o único negro entre os três, ainda foi brutalmente espancado antes de morrer. Os corpos foram enterrados sob toneladas de entulho e encontrados quarenta dias depois pelo FBI que empreendeu uma intensa busca pelos rapazes, em meio a apatia da polícia local.
Julgados 18 homens pelo crime, somente sete foram condenados a cumprir pena entre três a dez anos de prisão. Mas Edgar Ray Killen, pastor batista e membro atuante da KKK, foi absolvido pelo júri por onze votos contra um (a pessoa que o inocentou alegou que nunca poderia mandar um pastor para a prisão).
Em 1988, Alan Parker lançou a sua versão sobre o fato com o filme Mississipi em Chamas, que fez o assunto voltar novamente à baila. Com Gene Hackman, Willem Dafoe e Frances MacDormand, foi muito elogiado pela crítica e público, no entanto, criticado pelos historiadores por ter sido a história real livremente revista por Parker.


Justiça foi feita? Jamais será suficiente para pagar a dor das famílias e o terror e sofrimento dos rapazes. Killen foi condenado a sessenta anos de prisão mas se viver mais cinco ou dez anos será muito. Viveu mais de quarenta anos de impunidade e gozou a vida, no entanto, aqueles rapazes sequer tiveram a chance de passar dos 25 anos...

Um comentário:
Parabéns pelo post, ouvi falar sobre o verão da liberdade num episódio do seriado Cold Case e vim saciar minha curiosidade sobre o assunto aqui...
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