3.8.08

Éramos quatro

Minha família sempre foi de quatro pessoas. Éramos quatro: o pai, a mãe, o irmão e eu, como deveria ser. O irmão foi viver a vida. O pai tem outra família. Por um tempo ficamos minha mãe e eu. Agora nem isso. Ela se foi do Rio buscar felicidade noutro canto. Fiquei eu. Nada me parece mais definitivo que isso...ligeiramente melancólico, não triste. Logo terei eu também uma família e é disso que a vida é feita e nada nunca será como antes.

Ás vezes sinto vontade de agradecer a Deus pelas bençãos da minha vida, mas sou atéia. Penso então em agradecer ao universo por conspirar a meu favor. Obrigada, seja lá o que for essa força que nos move, que abrilhanta a nossa existência, que faz estalar o estonteante fogo sagrado de nossas vidas.

Um dia seremos felizes como nunca e, ao mesmo tempo, nunca fomos tão felizes.

Pode parecer esquisito para você, caro leitor. Eu sou mesmo esse poço de ambiguidade, mas sou honesta comigo mesma. Sou explosiva, tôla, grosseira quando quero...mas mudo. Quero ser mais suave e serei. Quero ser mais ativa e afastar a preguiça e assim será. Quero afugentar os pássaros da solidão* e o farei. Talvez eu não me sinta tão satisfeita hoje, tão feliz, mas sei que sou. Sei que sou.


* Pássaros da solidão em alusão ao filme 'O Poder de Um Jovem'.

2 comentários:

Jaque disse...

Oi Ly, saudade de seus escritos...

Eddie disse...

Oi, Jaque

Eu voltei e agora pra ficar...beijocas!!