1.5.08

Mais sentido

Sobre o post anterior, devo dizer que é mais ou menos assim que ando me sentindo...momento de decisões, menos sobre o que quero e mais sobre o que sou.

a) Quanto à aquisição definitiva de autonomia: bom, hoje eu tenho a minha própria renda e administro as minhas contas (não são tantas, mas consomem grande parte do meu dinheiro. Tanto que ainda não depositei um tostão na poupança). As minhas coisas eu compro e pago por elas, daí percebo aquela velha história de "dinheiro na mão é vendaval". Decido coisas, contas e dívidas. Também meu relacionamento com meus pais cada vez mais de igual para igual, não me dão ordens, palpites, não me chamam atenção por coisas pequenas. Sinto que percebem em mim a pessoa adulta que sou. Minha mãe e eu nos tratamos bem melhor.

b) O tempo passa e que a velhice não tarda a chegar. Cobranças internas: Cobranças normais de uma pessoa da minha idade, não me torturo, mas necessidades urgem. Aos quase trinta, sei que o tempo passa num piscar, eu o vejo passar a cada dia que termina. Penso muito nos objetivos de adolescência, nas coisas das quais abri mão, no futuro que eu posso escolher.

c) Não é mais tempo para ilusões e sim para definições: pensar no que me é possível, não faço mil planos, mudando ao sabor do vento. Percebo a necessidade de me ater a cada coisa de cada vez. Compromisso. Sei que nenhuma definição pode necessariamente definir toda a sua vida, e isso é bom porque mudar é preciso. Buscar prazer e uma vida que faça sentido.
Eu sou uma pessoa melhor, é isso o que o vislumbre dos anos passados tem me mostrado. É libertador buscar ser o tipo de gente que se admira. Fazer coisas, construir.

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